“Ninguém pode ir para a cadeia nesse país sem
provas materiais”, afirmou ele, sobre o pastor que foi preso no dia 7 de maio,
acusado de ter estuprado fieis de sua congregação.
Magno Malta relatou o encontro que teve com o
delegado do caso, no Rio de Janeiro, em um estúdio onde fazia uma gravação, na
última quinta-feira. O delegado levou até ele os inquéritos, os quais o senador
classificou como “flácidos”, “sem consistência”, “sem base” e “sem provas
materiais”.
O delegado que investiga o caso é Márcio Mendonça,
responsável pela Delegacia de Combate as Drogas (Dcod). Os casos de estupro, no
entanto, deveriam ter sido encaminhados para a Delegacia da Mulher, mas não
foram.
“Ele tirou da delegacia de tóxicos, estupro é lei
Maria da Penha, é na delegacia da Mulher, quem pede prisão ao Ministério
Público, ao juiz, é a delegada. (...) O papel dele era oficiar a delegada da
delegacia da mulher para que ela pudesse pedir essas prisões.”
“Como que um delegado de drogas pede prisão no
lugar da delegacia da mulher?” Magno Malta, disse que questionou o próprio
delegado, que teria admitido o erro.
Ao acessar o inquérito, o senador evangélico
descobriu uma gravação onde os denunciantes planejam como iriam provocar a
“destruição” do pastor Marcos Pereira.
Magno Malta ainda tentou reproduzir as falas: “leva
a sua filha, manda ela falar que foi abusada, leva a sua mulher, fala que foi
estuprada”. Segundo ele, os denunciantes também oferecem às ‘supostas
testemunhas’,emprego, carro e casa.
Magno Malta afirma ainda que a denúncia era de 20
pessoas, entretanto, o delegado teria ‘pinçado’ apenas 5 depoimentos de 5
adultas falando de estupro.
“O Senhor ouviu as 20 vítimas, ‘não’ [resposta de
delegado]. Por quê?”, disse Magno Malta, citando outros nomes envolvidos como
“Rosinha”, “Martins”, “Kelly Silva” e até a esposa de Waguinho. Ele questionou
ainda por que ele não falou com Waguinho que se encontra na congregação por 13
anos.
Segundo Magno Malta, uma denunciante foi querer
desmentir se depoimento, alegando ter sido coagida, mas não foi ouvida. O
senador ressalta que “falsa comunicação de crime é crime”.
“Uma denunciante vai ao cartório e registra, e vai
ao delegado e ao juiz que ele não quer ouvir, dizendo ‘Eu menti porque eles me
pediram, e eu estou arrependida.’”
“O juiz não quis ouvir, nem o ministério público e
falsa comunicação de crime é crime, tá na lei.”
Magno Malta mostrou o DVD, onde se escuta a
gravação dos denunciantes tramando contra Marcos Pereira, à Associação de
Advogados de seu gabinete e disse que eles ficaram “horrorizados”.
“Chamei [também] a associação do ministério público
e ficaram horrorizados, e chamei ontem o Calandra que é presidente da
Associação dos Magistrados e ele disse isso é o fim do mundo isso, o que tá
gravado.”
Tais pessoas, Magno Malta diz que não foram ouvidas
e que nem estão no inquérito.
“Olha só que barbaridade, contra os direitos de
alguém. Desmoralizando o povo, desmoralizando uma igreja. Em nome de que?”
questiona.
Magno Malta criticou o promotor que, sem provas,
pediu a prisão de Marcos Pereira, e o juiz que deu a prisão e ainda negou o
habeas corpus.
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